Investigação policial revela que parte do dinheiro recebido pelo Corinthians com patrocínio foi parar em contas ligadas ao PCC

  • 15/05/2025
(Foto: Reprodução)
O contrato entre o time a Vai de Bet foi assinado em dezembro de 2023, e previa o pagamento de R$ 360 milhões em três anos — o maior patrocínio máster da história do futebol brasileiro até aquele momento. Investigação policial revela que parte do dinheiro recebido pelo Corinthians com patrocíni A Polícia Civil de São Paulo identificou indícios de que parte do dinheiro que uma empresa de apostos pagou como patrocínio ao Corinthians foi parar em contas vinculadas ao PCC. O contrato entre o Corinthians e a Vai de Bet foi assinado em dezembro de 2023, e previa o pagamento de R$ 360 milhões em três anos — o maior patrocínio máster da história do futebol brasileiro até aquele momento. Inicialmente, o contrato não previa intermediário. Mas, na hora da assinatura, foi incluída uma comissão de 7% sobre o valor do contrato. O Corinthians deveria repassar esse percentual para uma empresa intermediária. Em maio de 2024, a Polícia Civil de São Paulo começou a investigar denúncias de que parte desse dinheiro passou por uma rede de empresas, algumas de fachada, em nome de laranjas. Depois que as denúncias se tornaram públicas, a Vai de Bet decidiu rescindir a parceria. Em um ano de investigação, os policiais refizeram o caminho do dinheiro da suposta comissão. O Corinthians fez dois depósitos - que totalizavam R$ 1,4 milhão - à empresa Rede Social Media Design, a intermediária do contrato do clube com a Vai de Bet. Um dos sócios da Rede Social Mídia é o Alex Cassundé, que trabalhou na campanha do presidente do Corinthians, Augusto Melo. Depois de receber o depósito, a Rede Social Media transferiu mais de R$ 1 milhão para a Neoway Soluções Integradas — que está em nome de uma empregada doméstica, que vive em Peruíbe, no litoral paulista. Na sequência, a Neoway repassou praticamente o mesmo valor para outra empresa de fachada, a Wave Intermediações e Tecnologia. O relatório da polícia afirma que o destino final do dinheiro foi a UJ Football Talent, que recebeu pouco mais de R$ 1 milhão – R$ 874 mil diretamente da Wave e R$ 200 mil de outra empresa. O nome da UJ Football Talent já tinha aparecido no acordo de colaboração premiada assinado entre o delator do PCC, Vinicius Gritzbach, e o Ministério Público de São Paulo. Em depoimento, Gritzbach disse que a empresa era controlada, na prática, pelo empresário de jogadores de futebol Danilo Lima de Oliveira. A polícia investiga a ligação de Danilo Lima de Oliveira com o PCC. Ele também é suspeito de fazer parte do sequestro de Gritzbach, em 2022, para obrigá-lo a revelar o paradeiro de milhões de reais em criptomoedas. O relatório da Polícia Civil afirma que o Corinthians é vítima desse esquema. Os investigadores têm indícios de que o contrato de intermediação entre a Vai de Bet e o Corinthians foi um artifício usado para desviar dinheiro do clube. O presidente Augusto Melo e diretores são investigados por furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O Corinthians declarou que é vítima das circunstâncias investigadas; que não tem controle sobre o que terceiros fazem com as comissões de contratos; e que cumpre suas obrigações legais – e preza pela transparência e integridade. O presidente do Corinthians, Augusto Melo, declarou que apoia as investigações. A Vai de Bet declarou que está à disposição das autoridades como testemunha desde o início das investigações. A UJ declarou que as movimentações bancárias dela e do sócio Ulisses Jorge são lícitas – e que não possui qualquer ligação com o PCC. Danilo Lima declarou que não tem qualquer ligação com os fatos sob investigação nem faz parte do quadro societário da UJ. Alex Cassundé disse que pagou pela compra de equipamentos. E que não tem como monitorar o destino do dinheiro. O Jornal Nacional não conseguiu contato com as outras empresas. Investigação policial revela que parte do dinheiro recebido pelo Corinthians com patrocínio foi parar em contas ligadas ao PCC Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Relatórios da polícia indicam que parte do dinheiro do contrato entre Vai de Bet e Corinthians foi parar em empresa ligada ao PCC

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/05/15/investigacao-policial-revela-que-parte-do-dinheiro-recebido-pelo-corinthians-com-patrocinio-foi-parar-em-contas-ligadas-ao-pcc.ghtml


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